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terça-feira, 12 de março de 2019

De uma forma absurda que dá medo

De uma forma absurda que dá medo

Quero ler suas frases trezentas e cinquenta e cinco vezes - além das outras mil que já li - até respirá-las e permitir que entrem em minhas narinas tais qual substância vital que me deixe ligada - ligada a você ligada ao que senti ao que senti que você sentiu a tudo que herdei de lembranças.
No meu corpo suas falas caminhariam por minhas veias e pulsariam junto com o meu pulsar - que já é tão pouco só acelerava com você - e na vermelhidão da minha face eu me vejo contendo você esse seu corpo dentro do meu corpo por meio do que a gente quis bem no meio de todos os afins que justificariam a sua atitude.
A dor se dá
de uma forma
absurda
que dá medo
O que foi que eu perdi mesmo?


Juliana Barreto, 2018.
Não te reconheço mais em suas falhas/ Não te reconheço mais em suas faltas/ Não te reconheço mais porque me falta/ o que um dia (não) foi ocorrido. 

Juliana Barreto, 2019
Está preso em meus olhos o que eu chamei de meu. E esta dor clara de não mais olhar nos olhos seus. Tudo no desconforto de não ter mais o que pedir. Chorar tanto. Explodir dentro de mim. Este vazio intenso de não te ter aqui.
17.02.19 

Juliana Barreto

Orar todas as madrugadas

Orar todas as madrugadas
Nas noites de frio ou de calor
Para um dia quem sabe poder dizer
Que para onde for
Eu irei com você.
Fechar os olhos para ver você
Poder quem sabe um dia
Mostrar para você como é minha respiração quando está ofegante.
Se você me tocar irá perceber
Que eu caibo perfeitamente em sua mão
Que eu entendo até mesmo o que você não diz
Mas que me entristece toda vez que você diz não.
Um dia quem sabe poder dizer
No seu ouvido assim de perto
Sim, eu quero
Olhar nos seus olhos mais uma vez...
Se seu rosto for a última coisa que verei, eu lhe serei grata por isso em toda a eternidade.

Juliana Barreto, 2018
Conversar olhando nos olhos/
Olha que trem louco/
Mesmo sem se tocarem/
Um entrar na morada do outro.

Juliana Barreto
Ago/2018

Ah! Quisera

Ah! Quisera eu beber
gota por gota de cada palavra
que eu recebi de você
Olhando em seus olhos de luz...
Embriagada estaria com a acidez
do seu hálito
misturado
com o jeito doce com que você me seduz.
Obnubilação em forma de gente
Traduziria em atos tudo aquilo que se sente
Traria para perto do meu corpo
o corpo
que desejo há tanto tempo!
Quisera eu não fossem só verbos
benditos em escritos
nuvens brancas feitas a giz
que o vento vem e apaga...
Mas fossem toques indeléveis
de olhos
de mãos
de corpos
de membros - sim, eu entendo
Espero o tempo que for preciso
para vê-lo por dentro.
Juliana Barreto 17/6/18

Futuro do Pretérito

Se soubesse... Se eu dissesse... Se eu pudesse... Se assim fosse... Se o tempo não existisse... Nem o espaço... Se soubesse... Se percebesse... Se eu mostrasse... Se não fossem os muros... Nem os outros... Se soubesse... Se notasse... Se eu fosse mais clara (precisa?) ...
Se você soubesse
O tamanho
Do óbvio
Do que eu sinto
Isso lhe faria
Alguma diferença? Sobre o que eu faria.... Por você!

13.10.18 (Juliana Barreto)

Encontrar-te

Encontrar-te seria apenas um escape. Uma certeza de que a existência da perfeição é real. De que a obnubilação da minha mente condiz com a surpresa de te ver. Não há nada que justifique meu amor nem teus vácuos. E, ainda assim, sigo em frente. A cada passo, desejar-te-ia. A cada instante, uma lembrança. Não, meu caro, não há mais nada. Não há nada aqui dentro. Dei-te tudo. Não sobrou-me nada. Nem eu.
Não me reconheço mais no vão de tuas palavras.
Espero-te. Esperar-te-ei enquanto houver fruto. Enquanto houver tudo.
Não há mais nada...

Juliana Barreto, 2018

Fecho meus olhos e vejo

Fecho meus olhos e vejo que guardo você aqui 
Como uma lembrança do que não vivi.
Ainda sinto seus lábios 
nos meus grandes grossos lábios 
Foi a sua respiração que senti.
Quando meus dedos entrelaçavam seus cabelos
As juras de amor que um dia fiz
Eternizadas nos nossos pelos.
Na minha loucura de ter você pra mim
Pelo que entendi
Toda essa imagem fui apenas eu que vi 
Em todos os momentos em que eu quis lhe fazer feliz.

Juliana Barreto, 2018

Espelhos d'Alma

Espelhos d'Alma
E é assim que descubro que você é um poeta 
Porque faz poesia toda vez que olha...
Meu deus! 
Eu morreria te olhando
Minha vida inteira eu passaria 
Assim olhando o mais profundo que me fosse possível
Nesses seus espelhos d'Alma!
Peço aos deuses todos
Ao universo 
A quem mais couber 
Que eu te olhe novamente 
Que eu consiga te olhar tão perto quanto seja possível
O mais próximo que um ser vivo puder olhar outro ser vivo 
Preciso 
Preciso estar o mais perto de seus olhos que me for permitido.
Nunca mais eu veria qualquer outra coisa.
Nunca mais haveria mais nada 
Só esses seus espelhos d'Alma.

Juliana Barreto, 2018

Está nas palavras que foram ditas

Está nas palavras que foram ditas 
às escondidas
Está no olhar nos olhos 
Fartos
Claramente concentrados 
Está embaixo
Do lado de dentro 
Perto do umbigo 
Cabisbaixo
Está no rosto molhado à frente do espelho 
Na pia do banheiro
Lavado das lágrimas engolidas
Está na sua palavra fria 
Está na dor no peito que me anima a vida. 
Você está em tudo e passa a não mais estar,
mas ser. 
Você é. E isto (não) me basta. 
Juliana Barreto Dez/2018.

De uma forma absurda que dá medo

De uma forma absurda que dá medo
Quero ler suas frases trezentas e cinquenta e cinco vezes - além das outras mil que já li - até respirá-las e permitir que entrem em minhas narinas tais qual substância vital que me deixe ligada - ligada a você ligada ao que senti ao que senti que você sentiu a tudo que herdei de lembranças.
No meu corpo suas falas caminhariam por minhas veias e pulsariam junto com o meu pulsar - que já é tão pouco só acelerava com você - e na vermelhidão da minha face eu me vejo contendo você esse seu corpo dentro do meu corpo por meio do que a gente quis bem no meio de todos os afins que justificariam a sua atitude.
A dor se dá
de uma forma
absurda
que dá medo
O que foi que eu perdi mesmo?

Juliana Barreto, 2018
Tantas palavras que usei, derramei-as gota a gota em meses de tentativas de esclarecer o impalpável. Nada tão coerente quanto o sentimento que lhe dei.
Faíscas de tesão ou de tédio que se misturariam entre o que deveria ser e o que eu possuía de você - tarde demais eu cheguei.
Era preferível quando ela não possuía face. Fácil. Bastava atentar para a atenção que você me deu. Lavas derramadas entre meus dedos enquanto pensamentos iam e vinham quando eu clamava por um beijo seu. Encaro as muralhas como um soldado encara a morte. Previ. Se fosse para nunca, teria sido melhor que não o visse?

Juliana Barreto, 2018

Ele era Poema

Ele era Poema
Está além do interdito,
não me diga que é proibido.
Não vai resolver.
Está além do que foi lido,
Nas loucas palavras indo e vindo
Tentando te explicar porquês.
Está além dos acasos
Da distância dos seus braços,
Só em você me reconhecer.
Está além da banalidade,
Da morte, da eternidade,
Tudo isso que chamo de Amor por você.
Não há mais lugares pra tanta saudade.
Não há mais, nem pra rancor
Nem pra vaidades.
Só há o infinito vão entre nossos mares.
Se fosse pra falar do que é seu
Dizer meu nome, falar do meu corpo
De toda a minha vida que Deus te deu...
Mas é pranto, meu caro, e, no entanto,
Pouco ou nada ouço dos seus passos.
Apenas levo a saudade
Misturada com toda essa vontade
De trazer de volta o que você nunca me deu.
(Ju Barreto).

2018
Aquele brilho no olhar tinha endereço certo / por certo, você não foi capaz de reparar 💘


Juliana Barreto, 2018

No princípio, era o Verbo

 No princípio, era o Verbo
E o verbo era seu
Sua voz comandou o que de mim seria feito
E eu te vi...
E caí a seus pés como nunca imaginei que faria
Ou imaginei
Eu não acreditaria!
Se me contassem que eu estaria
agora de joelhos à procura...
d’o que foi que eu perdi?
Eu jamais aceitaria.
Você ainda está preso em meus olhos
E meu grito, na garganta
Meu coração explode a cada palavra nunca dita
Você mora em meu corpo
Mas já não cabe em mim.

Juliana Barreto. 25/8/18

Aclamação

Aclamação
(ou sobre como seria se eu tivesse escrito Maybe)
Talvez… Se eu te olhasse. Se eu orasse bem lá no alto…
você viria para mim.
Talvez. Se eu não guardasse na memória o que você tinha em sua mão… eu te compreenderia.
Talvez. Talvez. Talvez.
Talvez eu tenha que te confessar que eu sempre soube de tudo e tanto faz. Eu de tudo fiz para que você viesse até a mim. Porque era disso que eu tanto precisava.. Talvez. Talvez.
Talvez.
Oh! Mesmo que eu te diga o que vale realmente a pena. Oh, meu querido, mesmo que eu te prove que mereço tudo o que você pode fazer, eu teria que detalhar passo a passo tudo o que eu estou disposta a fazer por você.
Por favor. Por gentileza. Por obséquio.
Por favor, não venha me dizer que o que há não é o suficiente, ah! por favor! Foi para mim que você disse, foi a mim que você disse… tudo o que eu queria ouvir!
Talvez… querido.
oh! Talvez eu possa ajudar
e te mostrar
de que forma você pode me amar. Querido, talvez!
Talvez. Talvez.
Talvez eu possa…

Juliana Barreto - 24/08/2018

Último Pensamento

Face que eu vejo
Fecho os olhos para melhor vê-lo.
A noite melhor assim acontece
Ao meu lado você assim adormece
Do lado de dentro do meu devaneio.
Último pensamento -
É de você que eu tenho -
que ao amanhecer passará a ser o primeiro, de
Amar você no todo e por inteiro
Com o todo infinito do meu sentimento. 

Juliana Barreto, 2018

Luz para ver

Luz para ver
Faltam palavras para dizer
Uma saída para quem quer ter:
Saudade imensa de você

Juliana Barreto.
19/7/18
Amo que dói, ultrapassa o limite do corpo. Substantivo abstrato o amor? Quem viu isso não previu esta dor. Física. Por ñ haver mais Química.


Juliana Barreto, 2018